Engravidar com Histerossalpingografia
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É possível encontrar na Internet alguns relatos, ou você mesma já pode ter ouvido alguém lhe contar sobre engravidar com histerossalpingografia. Em primeiro lugar, esse nome que mais parece um palavrão se refere a um exame que é feito nas mulheres que desejam investigar a existência de algum problema de fertilidade no seu organismo. A histerossalpingografia (HSG) é somente um entre tantos exames que buscam descobrir os motivos da infertilidade.
A questão é que para realizar o exame, o médico faz uso de um contraste, que é injetado através do colo do útero, para depois, fazer um Raio-X e observar possíveis obstruções ou outras anomalias nas trompas e no útero. Muitas mulheres contam que é possível engravidar com histerossalpingografia, uma vez que realizam o exame e após algum tempo iniciaram uma gestação. No entanto, não é que seja viável engravidar com histerossalpingografia, até porque esse exame não serve para isso. Muito pelo contrário, ele é realizado em mulheres que não estão conseguindo realizar o sonho de serem mães.
Mesmo que não existem estudos científicos, os médicos explicam para esse fenômeno o fato do contrate injetado no exame “forçar” a passagem pelas trompas, o que pode limpar o caminho se houver algum tipo de obstrução leve. Embora o objetivo do exame não seja desobstruir as trompas, e sim, visualizá-las, pode ocorrer um tipo de dilatação das trompas, causado pelo exame, assim, o óvulo poderá chegar ao útero para ser fecundado pelo espermatozoide.
Isso significa que o exame estar ligado à gravidez é apenas uma feliz coincidência pela qual algumas mulheres passaram. Além disso, se essas mulheres possuíssem algum problema de fertilidade, era referente apenas a essa pequena obstrução nas trompas, pois o exame não interfere em outras questões relevantes para a concepção.
Para entender melhor como funciona o exame histerossalpingografia, pode-se dizer que, assim como outros procedimentos, ele é realizado na fase de investigação, quando um especialista em fertilidade realiza alguns exames para tentar descobrir o que existe de incomum no organismo da mulher. Em geral, a histerossalpingografia é realizada na parte inicial do ciclo menstrual, em dias bem específicos, entre o 6º e 12º, pois diminuem os riscos da mulher estar grávida, o que ocasionaria um aborto, devido à característica evasiva desse procedimento.
Um Raio-X comum não é suficiente para se enxergar as trompas femininas, sendo que ali pode existir o problema que causa a infertilidade feminina. Por isso a histerossalpingografia deve ser feita, já que se constitui em um Raio-X contrastado da cavidade uterina e de suas tubas. Para tanto, o exame ocorre em série, com a injeção de um líquido (contraste iodado) através do orifício do colo do útero, com o auxílio de um cateter (sonda) fino.
É um exame realizado há praticamente um século, mesmo sendo tão antigo, é ainda a melhor maneira de avaliar a anatomia das tubas uterinas, não existindo outro exame que possa dar a mesma qualidade de visualização sobre a estrutura observada. Por outro lado, ele é bastante desagradável, pois o exame é desconfortável e doloroso, sendo que isso varia de mulher para mulher.
Para realizar o exame, existe uma série de cuidados, entre eles, a mulher deve fazer a limpeza do intestino previamente. A paciente também pode usar anti-inflamatórios ou antiespasmódicos 30 minutos antes de começar o exame para que a dor seja menor. É essencial buscar um médico qualificado e um bom laboratório. Diante disso, vale lembrar que o casal deve ir atrás de ajuda médica porque não está conseguindo engravidar somente após um ano de tentativas, uma vez que mesmos casais saudáveis e sem problemas de fertilidade podem demorar até mais de um ano para iniciarem uma gestação.